Compromisso da utilização do produto pela pessoa (part2)

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1. Atitudes centradas no desenho técnico
Os investigadores do desenho técnico tradicionalmente ligaram a utilização com a ideia de função pelo que observaram por sua vez, como derivada das intenções ou ações do desenhador. Isso decorre duma longa tradição intelectual da teoria funcionalista da engenharia, que precedeu que investigação do desenho e fornecer com as seus ideais inaugurais e abordagens metodológicas. Antes do surgimento de metodologias do desenho sistemático no período pós-segunda guerra mundial, a ideia da função, como foi entendida em um objeto e como se relacionou com as propriedades físicas do objeto não recebendo atenção explícita. A função era um ideal teórico de limitado pela significância operacional que era frequentemente limitada ao se poderia chamar de desenho de contexto. No entanto a maioria das teorias que ligam a fidelidade ao propósito com valores estéticos e morais e geralmente denominados com que as funcionalidades assumiram implicitamente a atribuição de funções eram a tarefa e a responsabilidade do projetista e que tinha pouco a ver com a real utilização do dum objeto ou produto.
1.1. Utilização do desenho técnico
Na década de 1960 a função e a relação com a forma tornaram-se uma questão de atenção explícita sob a rubrica de metodologia do desenho que o precursor da investigação do desenho. Os desenhadores começaram a mudar de atenção para um novo contexto em que o contexto de utilização altamente complexo e diferenciado. O início da década de 1960 encontrou muitos críticos do modernismo entre guerras e pós-guerra atribuindo as falhas das propostas modernas para o desenho socialmente orientado para as falhas metódicas e não ideológicas e a teoria infundada do conhecimento desorganizado e os modelos fiadores e universalistas dos utilizadores e suas necessidades. O esforço da metodologia do desenho iniciou com a aspiração do realizar o funcional e melhor integrando assim o desenho com dados sociais reais. Com tais aspirações os desenhadores industriais iniciaram um ciclo de conferências e simpósios que reúnem investigações em métodos do desenho sistemático. Utilizando análises computacionais e técnicas para a tomada de decisão preditiva, metodologistas de desenho que inicialmente aspiravam a detetar deficiências num projeto antes de sua produção, distribuição ou utilização.
A maioria desses métodos sistemáticos traduziu dados antropométricos e comportamentais para a forma física através da utilização da matemática e da lógica. As metodologistas do desenho técnico rejeitaram o conceito da função e do nome convencional de várias peças espaciais como chapa, veio, perfis que os projetistas tradicionalmente utilizavam na programação e planeamento do produto. Podendo substituir por conceitos como a atividade o que os utilizadores fazem num ambiente ou tendência o que as pessoas tentam fazer sempre que recebem a hipótese. O desenho foi reformulado como um processo para incorporar essas atividades ou tendências antecipadas na forma física de um produto ou objeto.
Muitos métodos do desenho precoce entenderam essa encarnação como um processo de tradução duma organização abstrata da atividade antecipada em uma descrição da forma física. Alguns teóricos do desenho técnico ou viram o artefacto e seu contexto como um conjunto controlado por uma estrutura informativa e complexa que poderia ser decomposta assim utilizando a teoria e a lógica do desenho de conjunto, por exemplo pode-se propôs um método famoso para a decomposição destes conjuntos em relações independentes entre forma e contexto e as atividades ou outras forças. O desenhador poderia então resolver essas relações independentes através de diagramas funcionais e formais, e então construir essas soluções para compor um todo novo.
Logo após o surgimento da metodologia do desenho início da década de 1960, as teorias e os métodos que consideravam o desenho como uma atividade de resolução de problemas passaram a ser objeto de crítica interna generalizada. Os investigadores do desenho passaram de categorias quantitativas como tendências ou atividades para métodos qualitativos para induzir necessidades humanas. Os utilizadores começaram a ser reconhecidos como entidades intencionais e até se tornaram, às vezes, diretamente implicados como participantes ativos na tomada de decisões sobre o desenho. No entanto, apesar das diferenças ideológicas significativas entre abordagens racionalistas e fenomenológicas ou participativas que se seguiram na investigação do desenho técnico, a maioria dessas teorias e métodos foram sustentados por um desenho centrado na função dos artefactos. Em outras palavras assumiram que as intenções emolduradas dos objetivos colocados e as decisões tomadas no contexto do desenho tinham autoridade especial para determinar como os artefactos funcionam e como eles eram utilizados, é que os desenhadores tradicionalmente viram os artefactos e sua utilização duma perspetiva centrada no desenho não é surpreendente. Contudo um inquérito mais aprofundado sobre essa suposição disciplinar orientadora revela que é controverso e discutível.
1.2. A visão padrão dos artefactos
A visão de que os artefactos são criações intencionais de atores e principalmente
objetos funcionais que tem sido amplamente aceite nas investigações do desenho técnico. Os teóricos da função caracterizam essa perspetiva centrada no desenho dos artefactos como a visão padrão dos artefactos. Esta visão que também teve popularidade entre os filósofos que postulam que os artefactos têm funções e que essas funções próprias, como se designam são um conjunto de capacidades materiais escolhidas intencionalmente por um desenhador. Essas capacidades ou disposições, para a utilização dum termo filosófico amplamente utilizado, indicam o que um artefacto faz quando é atuado duma certa maneira. Na visão padrão a utilização das capacidades do artefacto duma maneira não destinada pelo desenhador é classificado como a utilização imprópria ou função acidental. A IMAGEM01 mostra uma representação diagramática da visão padrão.
IMAGEM01IMAGEM01
Além de conceder ao desenhador uma autoridade completa sobre a atribuição da função adequada, a visão padrão geralmente pressupõe que essa atribuição seja o resultado das ações intencionais do desenhador guiadas pela deliberação funcional. Uma ilustração mais recente na história da investigação do desenho que é indicativa dessa abordagem é a chamada estrutura função do comportamento da estrutura. Este modelo aspira a transmitir a transição de necessidades práticas obtidas a partir do contexto de utilização, para descrições de função “para que”, então comportamento “o que faz”, e estrutura de artefactos finais “o que é” através dum processo de formulação de decomposição que assume que a descrição semântica da função pode ser traduzida numa descrição sintática da estrutura física e que a utilidade real é alguma realização dessa estrutura tecnofísica.
1.3. Apreciação das atitudes centradas no desenho
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